quinta-feira, 14 de julho de 2016

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.




“Não assumo compromisso nem com o céu, nem o inferno. Tenho amigos nos dois lugares”.  Adoro essa inteligente frase de Mark Twain (1835-1910). É a minha cara... Tenho amigos de muitas as religiões e filosofias. Aceito todas, mas,sem seguir nenhuma. Agora quero me dirigir aos meus amigos católicos. Terça-feira fui visitar uma amiga que havia me convidado para tomar um café, em comemoração ao meu aniversário, ali na Cidade Satélite.  E café..., é uma de minhas paixões... Saí da Av. da Integração (Av. Gov. Tarcísio Maia), peguei a prefeito Omar O'Grady(que chamam de “prolongamento da Prudente”), cruzei a Av. dos Xavantes e entrei na primeira a direita. Aliás, é tão escuro que valida a nova lei de acender os faróis... Mesmo de dia! Contornei uma rotatória “mal’assombrada” na Rua Serra dos Carajás, e desci a Rua Serra Acaraí, em direção a Av. dos Caiapós. De repente luzes azuis, vermelhas, brancas, no meio do nada, chamaram a minha atenção. Parei o carro, dei marcha a ré e fui ver o que havia despertado o meu olhar de besouro ávido pelo colorido das lâmpadas. Percebi que era uma santa dentro de uma moldura de vidro. Dei a volta pela a Av. dos Caiapós e tomei a primeira à direita:  Rua Serra das Cruzes. Fui até o final. Descobri ali o “Santuário de Nossa Senhora das Graças”. Estacionei e fui ver de perto. Num primeiro momento, confesso que fiquei amedrontado. Não havia ninguém por perto, apesar de ainda ser cedo da noite. 19 horas e pouco. Silêncio quase total. Só quebrado quando passava um carro um pouco distante, as minhas costas. Assim mesmo sentei em um dos bancos de alvenaria. Olhei em volta e,encantado com o lugar, apreciando aquele momento, em silencio,em busca do balsamo da alma: PAZ! Aliás, dizem que “o silêncio é a mais completa oração”. Agora me lembrei de algumas igrejas que já visitei, de denominações diferentes, onde o burburinho, o frenesi, e os sorrisos dominicais (só aos domingos!) me lembravam do mercado de “Bacelona” no dia da feira. Apesar de não querer, de forma alguma, cobrar santidade de seres imperfeitos, como eu, percebo que algumas pessoas não têm sensibilidade suficiente para respeitar o lugaronde busca refugia espiritual. Enfim... Como já disse, o lugar me encantou. Apenas “meia dúzia” de três ou quatro bancos, em fila dupla, uma pequena tenda de plástico, uma cruz simbolizando a fé católica, uma pequena mesa para a celebração e um pedestal, com a imagem da santa guarnecida por um vidro iluminado. Tudo sobre a verde grama e rodeado de um jardim bem cuidado. Soube depois que a imagem da santa fica acesa todas as noites! Vi ali um dos traços do verdadeiro sentido da cristandade: a simplicidade. E, por um momento pensei que, enquanto exploradores da fé alheia constroem suntuosos templos para adoração (adoração?), é em lugares como aquele que está o que um cristão precisa para sentir a presença do Altíssimo. Afinal, o Senhor quer  habitar no templo de cada um de nós... Claro, um templo sadio. Em comunhão com Ele. Não é o meu caso, é bem verdade! Mas, como sei que Ele veio para os doentes, estava eu ali, tentando ter a chance de curar meus rancores, minhas magoas, ódios, a lascividade de minha carne, leviandades do dia a dia, língua solta, arrogância, orgulho exacerbado, impaciência e incompreensão para com o meu próximo e toda sorte de desgraça que teima em habitar meu espírito – por minha culpa, minha tão grande culpa, minha máxima culpa... Fazia um friozinho de leve e aquilo refrescou, não sou meu corpo castigado pelo escaldante sol de meu torrão, como também a minha alma de pecador juramentado, consagrado e assumido... Sentei um pouco, me “desarmei” e fiz minha suplica pensando nas pessoas que tanto amo. Nas pessoas que tanto amei. E pensei nas que não amo (e aqui , sim, as que eu mais preciso para me redimir diante do Criador...). E pensei nas que deixei de amar (por que me feriram profundamente. Porque tentaram me destruir...). Afinal, sou parte de uma raça terrível de animal: sou humano! Depois das lágrimas do coração, e o alívio do socorro, voltei no carro, peguei minha câmera e fiz estas fotos para meus amigos apreciarem. Na saída vi uma senhora e perguntei sobre aquele agradável lugar. A mulher disse que o “Santuário de Nossa Senhora das Graças” recebe total apoio da comunidade, e presença, principalmente as quarta-feira, à noite, quando acontece um terço em louvor ao Senhor Jesus Misericordioso. No primeiro sábado de cada mês, acontece uma missa. Às 7 horas da manhã. Também tem novenas regulares no mês de maio, “Mês de Maria”, e no mês de outubro, em louvor a São Francisco de Assis. Salientou a devota que “o lugar é aberto e que, portanto, a qualquer dia e qualquer hora, todos podem buscar ajuda e conforto para suas necessidades espirituais”.Bom, deixo aqui as fotos, o endereço exato, e cada um de vocês, em particular, Flaviano Pontes, Socorro Barbosa, Francisca Maria, Zé Luiz, dona Maria de Lourdes, Rose Sena (que são os mais fervorosos católicos aqui do meu Face. Faltou alguém?) que poderão visitar aquele espaço tão bonitinho e agradável, em sua simplicidade... Ah, meus amados irmãos, peço-vos que, em vossas preces, lembrem-se deste pobre diabo aqui. Os demônios, encarnados e desencarnados, comandados pelo “fedorento” (como dizia minha mulher!), me cercam ferozmente... Mas, o Senhor, em sua infinita misericórdia, bondade e compaixão, têm pegado em minha mão e não me deixado sucumbir aos pés de meus inimigos.Desejo, ardentemente que o Senhor olhe por cada um de nós, especialmente, Seus filhos neste planeta de tantas injustiças e provações.Mas, me confortam as palavras de mamãe, quando diz: “Quando acaba a terra de Deus, começa a de Nossa Senhora”...Que Nossa Senhora das Graças derrame sua graça sobre cada um de nós. Amém, e amém e amém! – [chico potengy]









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