terça-feira, 28 de agosto de 2012

NÃO GOSTO DE TEATRO


Domingo (26/08) eu vi uma entrevista de Bibi Ferreira comemorando seus 90 anos de idade - e a mesma quantidade no Teatro Brasileiro, segundo ela mesma. Eu não vejo teatro. Tenho horror a teatro. Aliás, tenho horror a tudo que é mentiroso, falso, itinerante; como circo – não gosto de palhaço. Embora seja um no dia a dia do sistema que o Brasil impõe a seus cidadãos -, parque de diversões, ciganos, prosélitos missionários, tuaregs, nômades em geral. Ou seja: aquele que “vévi” hoje aqui, amanhã ali. Não confio em que não tem raiz - uma casa para voltar à noite. “Casa” eu quero dizer, uma “referência familiar”. Nem todo o cidadão brasileiro tem direito a uma morada digna. Os religiosos, em seus zilhõs de denominações, têm sempre uma interpretação “espiritual” para causa dos infortúnios alheios. Jamais é culpa da incompetência governamental. E esse não foi sempre o papel do clero? Eu costumo botar todos esses grupos acima citados num mesmo saco de estopa com letras garrafas dizendo: VIGARICE! Eu acho os atores brasileiros muito pedantes. Importantes demais. Estrelas demais. A mídia parece ter prostituído seus cérebros. O pior é que eles se acham aquilo mesmo. Outro dia vi uma entrevista com o GRANDE, O MOSTRO SAGRADO, O GENIAL, O...”pequeno” Antônio Fagundes. Lá para tantas ele confessou que seus filhos, quando criança, botavam seus fãs - que se aproximavam pedindo-lhe autógrafos - para correr, gritando feitos demônios. Crianças também podem ser demônios. Não se engane! Agora não suporto mais ver a cara de Antônio Fagundes. Quando começa “Gabriela”, mudo o canal. O artista precisa entender que o fã é a verdadeira, e única razão, dele ser o “artista”. É como Deus sem o homem. Não é nada. É por aí... E ainda tem aqueles que querem ser mais artista do que realmente são. Esses são insuportáveis. Assistir entrevista de atriz da TV Globo é a maior merda que um ser humano inteligente pode fazer na vida. Susana Vieira que não me deixe enganar meu leitor. Outro dia vi uma entrevista, de uma atriz global e foi assim: o jornalista Brancato Junior disse-lhe: “Me fale do seu pai”. E ela, confundindo a entrevista com uma atuação (ou seja: fazendo gestos teatrais), definil: “Papai?... Pai... Pai era lindo! Um homem lindo. Papai era alcoólatra. Mas, um alcoólatra lindo, sabe como é”? Ah, moça, meu bem, todo “bebo” é igual: um porre de chatice! Fica o meu recado para os entrevistadores: antes de começar, lembre ao entrevistado que, naquele momento, eles não vão atuar. E esse pessoal do tetro precisa baixar um pouco mais essa bola. São trabalhadores como qualquer outro. São trabalhadores das artes cênicas. São assalariados. E nada mais do que isso. Eu não gosto de hipócritas, “fariseus”, a teatro... [chico potengy]

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