quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

Esta semana a Cidade do Natal sofreu um reajuste de R$ 0,20 na tarifa de ônibus urbanos. Menino, para quê fizeram isso? O céu desabou sobre a cidade cascudiana, e todo “canidatozinho” - alguns sem nenhuma qualificação - se achou no direito inalienável de mandar os empresários do setor para a casa do diabo. Até a pessoa que estou pretendendo votar, para minha profunda decepção, caiu no ridículo de protestar veementemente.

Acho muito válido um protesto honesto, coerente, sensato. Acredito que os assíduos leitores deste conceituado jornal já conhecem minha venenosa “língua”, representada pela minha escrita cheia de erros de brasileiro - mas o que importa é o conteúdo, não é verdade? - para criticar, sabidamente, falhas no “sistema”. Contudo, também sei reconhecer algo quando acredito ser justo.

As empresas pagam, a cada motorista, R$ 1.350,00. E mais R$ 810,00 a cada cobrador. E mais: diesel, mecânicos, funcionários do escritório, pneus, pagamento das prestações dos ônibus, encargos sociais, e por aí vai. Hei, menino, não é brincadeira, não! Isso é um comercio. E comercio não pode dá prejuízo, não senhor.

“Asto” dia eu peguei um ônibus da linha 46 (Ponta “Nega”-Ribeira), ali em frente o “Shopping da Laminha”, na divisa de Capim Macio com Ponta Negra – Explico: há uma permanente lama na frente do estabelecimento. Eu e meia dúzia de três ou quatro amigos, sem futuros, por falta do que fazer, o batizamos de “Shopping da Laminha”. Pois bem, fui “inté” a parada do Grande Ponto. E nesse trajeto eu contei 14 pessoas que subiram sem pagar passagem: idosos, deficientes, um acompanhante de um dos deficientes, dois soldados de policia (um deles com graduação de sargento), e um amigo do motorista, que subiu e desceu pela frente mesmo. Me perguntei: “quem diabo paga essa ‘esbórnia’? Alguém precisa pagar. Serei eu?”

Desejo deixar absolutamente claro que não trabalho em ônibus, não sou parente de empresário do setor, não estou ganhando nada para escrever essa bobagem toda, e não aprovo a administração “borboleta” de Micarla. Mas, entendo que uma passagem de ônibus por R$ 2,40 não é bicho do outro mundo, não. Recentemente um safado, em Jenipabu, me cobrou R$ 3,00 por uma cocada (amigos, eu disse três reais por uma cocada!!!). Duas por R$ 5,00. E a cocada não era feita de ouro, não senhor: água, açúcar e coco seco. Agora imagine um veiculo com toda a tecnologia que ele nos dispõe?! Eu costumo pegar o da linha 65 ou 19. E, acredite, os da Linha 19 são todos novos, rápidos e gente eficiente. Salvo raríssimas exceções. No momento não tenho nada a reclamar.

Vamos dá a César o que realmente é de César. “Canidatos”, vamos protestar. Vamos baixar o “cacete”. E com força! Mas, com responsabilidade. Com “sabilidade”. Sem populismo. Sem pensar apenas nos votos que estes protestos poderão render de melhorias em suas vidas, senhores.

Dica: depois que “tudinho” ganhar (eu torço por todos!), acabem com aquela “farra” de venda de passagem a cartão por quem não é do setor - as paradas estão infestadas dessa gente pressionando o usuário a comprar “mais barato”. Eu costumo dizer “não”, acompanhado de uma cara mais feia do que já tenho - e aí teremos melhores condições nos transportes da cidade. A propósito, quem será que está por trás da venda ilegal de cartões? Apurem, senhores! Vão enfrentar este desafio ou irá “amarelar”, argumentando, com a boca cheia, que “é um problema social”? - (FCB/CP)

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