“Sábado é dia de feira/Lá no Alecrim/Quem dera comprar/Um perfume jasmim/Pra botar no pescoço/Pro meu bem cheirar...” Um sábado fui a feira do Alecrim acompanhando minha mulher. Ela foi ver uns potes de barro para fazer trabalhos artesanais. Enquanto saiu para ver seus interesses combinei com ela que iria alí para as esquinas das avenidas 8 (Rua dos Pajeús) com a 1 (Rua presidente Quaresma). Lá existem concorrentes barracas vendendo alimentos regionais. Fresquinhos, suculentos, cheiros e convidativos. Só não busque higiene. Essa parte é um pouco complicada. Em geral, falta de organização do poder municipal. Pois bem, minha mulher odiava a ideia de eu comer fora de casa. E dizia: "Deixar de comer a comida limpa, e fresca, de casa 'Chico Preto'? O que é bom não é para soldado!" Quando Graça chegou onde eu estava, me encontrou “digladiando” com a porra de uma linha que havia sido usada para costurar a buchada que eu estava saboreando - com batata doce, farofa com torresmo, arroz solto e feijão verde. Ela sentou ao meu lado – com água servida passando sob os nossos pés – e séria, observou tudo e todos a nossa volta. Em especial a uma enorme e frenética senhora “garçonete”, de saia e blusa imundas de tanto ela esfregar as mãos - devido o excesso de gordura -, um pano amarrado na cabeça e exibindo, em seu sorriso, um único dente existente na boca, e uma sandália japonesa protegendo só metade de cada pé. Como estava difícil eu rebentar a linha, cravada entre dois dos meus dentes, Graça aproveitou a situação e disse:
- Êtaferro, dá-le! Meu “filho”, tá vendo a saia suja dessa “veia”? Essa linha foi retirada dela!
Fruuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!! Com aquela broxante observação lancei buchada até para o inferno. E levou muitos anos para eu voltar a comer outra. [fcésar]
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