Eu conheci a professora Amanda Gurgel como o resto de toda a humanidade: o ano passado através de um vídeo exposto no Youtube. A moça foi a Assembléia Legislativa do Estado e jogou fezes no ventilador. Aí, sujou o paletó de tudo o quanto foi deputado. Dias depois ouvi falar que ela estava cotada para ser vereadora. Broxei!
Não que ela não pudesse se candidatar. Longe de mim esta heresia. Todos podem. Afinal, acredita-se que o país vive uma democracia (sic). Acontece que eu vi uma mocinha linda, com um rostinho aparentemente ingênuo desafiando “cartas marcadas” da política norte-rio-grandense. Acreditei naquilo. Naquele discurso. Naquele momento...
A “professorinha”, como já está sendo “carinhosamente” chamada, deu uma virada na história política da cidade e obteve - sem dinheiro, sem “família”, sem força partidária (o partido dela é mais fraco do que caldo de batata. Não elege um síndico de um prédio abandonado no bairro da Ribeira) – 32 mil votos. Isso a fez levar mais dois parceiros de chapa. O lado bom é que duas velhas “raposas” – gulosas mamíferas da nossa Câmara de Vereadores - ficaram só chupando o dedo.
Pessoalmente eu não acredito em educadores na política. Médico também, não. Jornalista, esse é que não acredito mesmo. O papel do educador, do médico e do jornalista, para mim, é sagrado: um ensina, o outro cura, e o outro denuncia o que está errado. Mas, cada qual tem sua cabeça para pensar da melhor forma possível e lutar pelo seu bem-estar.
Eu me lembro bem que nas eleições de 1978 – quando o famigerado PT (Partido dos “trabaiadores”, como diz Lula) – todos os professores do RN votaram no senhor João Faustino. O homem chegou juntinho, na Câmara Federal, com Henrique Alves – o então “rolagrossa” do pedaço (me perdoem às senhoras leitoras pela grosseria!). Aquele professor veio como a “salvação da lavoura”. E o que foi que João Faustino fez pela educação do RN? Do Brasil? Nada! Um desastre de bilheteria.
Outros educadores – uma boa parte oriunda de sindicatos ligados ao PT ou de partidos pseudo esquerda – dão o ar de sua graça. Mas, é só balela.
Amanda Gurgel chega como “sangue novo” na CMN. Mas, creio que devemos se perguntar: além daquele vídeo, e da liderança naqueles tumultuados protesto jovem contra o aumento da passagem de ônibus na terra de Ferreira Itajubá, a moça tem “bagagem”? Traz mais alguma coisa sob seus apetrechos escolares? E essa “alguma coisa” é de importância significativa para a nossa sofrida e abandonada cidade?
É preciso ficar atento as suas responsabilidades e decisões como uma edil. Mais de 32 mil pessoas acreditaram no discurso da jovem desafiadora. E sabemos que ali não é lugar de sentimentos altruístas. Ali o dinheiro é quem verdadeiramente manda. Os conchavos interesseiros. O banqueteamento proporcionado pelas mordomias que o cargo privilegia.
Saiba que haverá momentos difíceis de administrar. Momentos de frustração para aqueles que se “compromete” verdadeiramente com o cargo a que lhe foi confiado. Quem entra com idéias de renovação, no máximo fica em um único mandato.
Aliás, ontem mesmo, na “Calçada da maledicência” (leia Café São Luiz) se discutia o boato de que a moça poderá, já agora em 2014, tentar subir mais um “degrau”. Vamos torcer para que ela faça o seu melhor. Afinal, foi para isso que foi eleita. Foi acreditada.
Meu apelo à jovenzinha é que não nos decepcione. Embora não tendo votado nela acredito em seu potencial de RENOVAÇÃO. E espero que ela não confunda essa renovação em “transformação” - como fez Micarla de Sousa. Ou seja: confundiu a condição de “Borboleta” voltando à lagarta.
Cuidado com projetos em defesa do coito do calango no Parque das Dunas. Ou querer enquadrar o caranguejo na lei “Maria da Penha”, só por que ele quebrou a pata da companheira. Ou ainda defender que o beijo gay deve ser dado de olhos abertos. Ou seja: essas frescuras que não contribuem em nada para o crescimento da cidade.
Meus parabéns, Amanda Gurgel! Lembre-se que o caminho da sua honestidade será árduo. Vou torcer pelo seu sucesso, pois, acredito que o crescimento de Natal passará pelo seu indiscutível talento de liderança.
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