segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O PECADO DA GULA

Ontem à noite, jantando no Restaurante Camarões, próximos a minha mesa, Carlos Eduardo Alves, Wilma Maia, acompanhada do namorado – aliás, Wilma saiu sem falar com ninguém. Parecia que estava fugindo. Também degustando um camarão no abacaxi (sem trocadilho) e outro no jerimum, Agnelo Alves – outro que saiu sem cumprimentar ninguém -, e o jovem Ministro do Trabalho Brizola Neto. Alias, o rapaz tem cara de menino.

Quando eu ouvi que Carlos apóia Dilma, um camarão me engasgou e ia-me “fodendo”. Avemaria! Ainda bem que o garçom me socorreu com um providencial copo com água. Tadinho do bichinho de Agnelo, perdeu meu voto na “horita” mesmo. Eu tenho horror a Lula, Dilma, PT...

Também na longa mesa, assessores (entre todos identifiquei apenas um puxa-saco, que era quem mais “si ria”) e uma conhecidíssima jornalista de rádio e TV. Aqui pra “nóis”, ô “animal” para comer é jornalista. As fêmeas. As fêmeas! Você já reparou que para esse povo de TV não existe comida ruim? Pode ser um prego cozido ao molho de minhoca seca, elas elogiam.

Em 2006 Graça havia inventado um suflê de chuchu e andaram boatando por aí a novidade. O SBT saiu na frente e mandou uma moça lá em casa entrevistar minha mulher. A infeliz, da finura de um palito - pescoço de seriema e boca grande - comeu feito bicho. De tudo, diga-se de passagem: começou com penne com cobertura de molho de espinafre e uma salada “colorida” que agora é alardeada como “novidade”. Lá em casa minha mulher criou isso em 1998: um dia fazia as verduras, legumes e frutas eram acompanhados de atum, outro dia cubos de frango. E aquela delícia era oferecida para todos os seus clientes, em dietas mais rigorosas, encomendadas pela nutricionista Fátima Melo.

Depois a mocinha “atacou” no chiskeik, com cobertura de goiaba (a preferida e costumeiramente encomendada, lá em casa, pela família Alves), de pêssego, torta alemã, torta holandesa, torta floresta negra, bolo de queijo, mouse de morango. Amigos, na brincadeira até minha exclusivíssima (feita com todo amor e carinho de uma dedicada esposa) mouse de maracujá “dançou” na farra daquele dia. E quanto mais “dona” Graça empurrava comida, mais a magricela fazia:

- Huuuuuuummmmmmm... E Huuuuuuummmmm... “Dona Graça”, huuuuummmmm...

O pessoal da equipe comeu o normal. Acredita que depois ainda houve uma “quentinha”? Pois houve, sim! Eu fiquei curioso para saber onde danado aquela esfomeada socou toda aquela comida.

Quando a moça se foi eu me sentia visivelmente “empachado” depois de ter visto tamanha degustação. Graça - uma pessoa finíssima que sabia como receber visitas -, depois de ter assistido a tudo em silencio, e com um discreto e educado sorriso, com o cenho levantado e com sua suave voz de “CD” comentou:

- Meu “filho”, a “bichinha” come, né? E deu sua inimitável e contida risada - com seu rosto vermelho feito uma manga rosa - levando a mão à testa.


(fcb/cp)

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