sábado, 31 de março de 2012

UM RN SEM CULTURA

No último dia 27 foi comemorado o Dia do Teatro. Exceto em Natal. A Terra do ator e diretor de teatro Jesiel Figueiredo passou em brancas nuvens. E isso fez com quê o artista cênico, Ênio Ewerton de Sá Cavalcante fizesse um protesto silencioso em prol de criação de políticas públicas de cultura e arte. O rapazinho passou 24 horas, fazendo greve de fome, em frente ao Teatro Alberto Maranhão vestido com uma cabeça de elefante prateada - uma analogia à geografia do Rio Grande do Norte - e envolvido pela bandeira do Estado, na tentativa de chamar atenção e sensibilizar a sociedade e os políticos contra a falta de investimentos na área.

A governadora mossoroense, Rosalba Ciarlini, e a prefeitinha de Natal, Micarla de Sousa, simplesmente fecharam todos os três teatros da Cidade: Teatro Alberto Maranhão, o Teatro de Cultura Popular, e o Teatro Municipal Sandoval Wanderley. E quem foi que lucrou? Quem foi? Quem foi? O Teatro Riachuelo. O teatro privado. Cantores, apresentações de danças, comediantes, agora só se apresentam no Teatro Riachuelo, terceiro piso Midway Mall. A família Rocha, proprietária do local, efusivamente agradece, excelências!

O mais grave de tudo isso é que as mulheres mandantes fizeram isso na cara dos artistas. Precisa ver a carinha de choro, deles, ali no Beco da Lama. Se maldizendo pela falta de sorte, e afogando as magoas dentro de um copo de 51, 52, 53... Mas, na hora em que as duas estalarem os dedos, correm tudinho, morrendo de felicidade, com seus rabinhos abanando, pobrezinhos. - (fcb/cp)

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