Você viu, ontem, “De frente com Gabi”? Se não viu perdeu a excelente entrevista com “Sônia”. Ou melhor, com o travesti Laerte. Exibindo um par de pernas de dar inveja a muitas garotas – e usando salto alto - a “coroa” definiu sua condição bissexual como "crossdressing".
Para quem não sabe, Laerte é um cartunista do jornal “Folha de São Paulo” - que gosta de se travestir de mulher - e dias atrás foi educadamente solicitado a não mais freqüentar o banheiro feminino de uma pizzaria da capital paulista.
No dia 7 de novembro de 2008 a Psicóloga Eliane Kogut foi ao “Programa do Jô” falar sobre crossdressing. Na mesma semana outras TVs, sem a mesma qualidade global - diga-se de passagem - abordaram o mesmo tema.
Afinal o que é Crossdressing? A doutora explicou que é o termo inglês que define o homem que se veste de mulher por um impulso irresistível. Segundo ela, essa compulsão tem fundo narcisista, "porque o homem que se veste de mulher na verdade tem desejo sexual por si mesmo", frisou. A prática foi confirmada por "Kelly", crossdressing que estava na platéia e participou da entrevista. No telão, foi exibido um depoimento de um crossdressing anônimo.
Um fato curioso, salientado pela doutora Eliane é que, em suas pesquisas, ela não encontrou homossexual, apenas alguns bissexuais. Detalhe: nenhum dos entrevistados fez, ou faz sexo caracterizado de mulher.
Em Hollywood há pelo menos dois casos conhecidos: o primeiro foi quando Ester Williams chegou a sua casa e encontrou o marido, Jeff Chandler - conhecidíssimo ator de filmes faroestes - vestido com suas roupas. A loira entrou em "parafuso" e o seu analista fez fortuna com suas visitas. O segundo foi quando encontraram Albert Dekker, então com 62 anos – outro ator de filmes faroeste - enforcado com uma corda de seda, vestido com lingerie feminino e maquiado como mulher.
Opção sexual à parte desejo abordar, a meu ver, o principal problema: banheiro! Feminino ou masculino? Eis a grande questão!
Pessoalmente eu acredito que já deveríamos ser civilizados o suficiente para não termos banheiros divididos – aliás, os romanos tinham seus banheiros coletivos, em forma de “u”. O sujeito sentava lá e ficava batendo um delicioso papo com amigos enquanto sua “obra” era concluída. É bem verdade que não precisamos exagerar, mas, creio que entrada única, um longo corredor, com espelhos em toda sua extensão e box individuais adequados a todo tipo de usuário. Ou seja: homem, mulher, bi, tri, cadeirantes, negros, brancos, vermelhos (índios) e amarelos, seria uma excelente oportunidade para darmos um basta no nosso segregacionismo que tem nos levado a tantos infortúnios.
A pergunta que não quer calar é: por que, em pleno terceiro milênio, ainda nos dividimos aos usarmos um democrático banheiro? Também precisamos, com urgência, discutir o impasse entre gênero e opção sexual... - (fcésar
Para quem não sabe, Laerte é um cartunista do jornal “Folha de São Paulo” - que gosta de se travestir de mulher - e dias atrás foi educadamente solicitado a não mais freqüentar o banheiro feminino de uma pizzaria da capital paulista.
No dia 7 de novembro de 2008 a Psicóloga Eliane Kogut foi ao “Programa do Jô” falar sobre crossdressing. Na mesma semana outras TVs, sem a mesma qualidade global - diga-se de passagem - abordaram o mesmo tema.
Afinal o que é Crossdressing? A doutora explicou que é o termo inglês que define o homem que se veste de mulher por um impulso irresistível. Segundo ela, essa compulsão tem fundo narcisista, "porque o homem que se veste de mulher na verdade tem desejo sexual por si mesmo", frisou. A prática foi confirmada por "Kelly", crossdressing que estava na platéia e participou da entrevista. No telão, foi exibido um depoimento de um crossdressing anônimo.
Um fato curioso, salientado pela doutora Eliane é que, em suas pesquisas, ela não encontrou homossexual, apenas alguns bissexuais. Detalhe: nenhum dos entrevistados fez, ou faz sexo caracterizado de mulher.
Em Hollywood há pelo menos dois casos conhecidos: o primeiro foi quando Ester Williams chegou a sua casa e encontrou o marido, Jeff Chandler - conhecidíssimo ator de filmes faroestes - vestido com suas roupas. A loira entrou em "parafuso" e o seu analista fez fortuna com suas visitas. O segundo foi quando encontraram Albert Dekker, então com 62 anos – outro ator de filmes faroeste - enforcado com uma corda de seda, vestido com lingerie feminino e maquiado como mulher.
Opção sexual à parte desejo abordar, a meu ver, o principal problema: banheiro! Feminino ou masculino? Eis a grande questão!
Pessoalmente eu acredito que já deveríamos ser civilizados o suficiente para não termos banheiros divididos – aliás, os romanos tinham seus banheiros coletivos, em forma de “u”. O sujeito sentava lá e ficava batendo um delicioso papo com amigos enquanto sua “obra” era concluída. É bem verdade que não precisamos exagerar, mas, creio que entrada única, um longo corredor, com espelhos em toda sua extensão e box individuais adequados a todo tipo de usuário. Ou seja: homem, mulher, bi, tri, cadeirantes, negros, brancos, vermelhos (índios) e amarelos, seria uma excelente oportunidade para darmos um basta no nosso segregacionismo que tem nos levado a tantos infortúnios.
A pergunta que não quer calar é: por que, em pleno terceiro milênio, ainda nos dividimos aos usarmos um democrático banheiro? Também precisamos, com urgência, discutir o impasse entre gênero e opção sexual... - (fcésar
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