São 09h37min e acabo de ter um encontro maravilhoso com Juliano Siqueira. Está muito diferente. Barba feita, cabelo curtíssimo. Num primeiro momento não o reconheci. Ele conversava com Osório Almeida quase na esquina do Grande Ponto (Av. Rio Branco com Rua João Pessoa). Quando vi Osório me aproximei e fui apresentado ao nosso velho lutador da classe operária. Juliano é militante comunista dos anos 1960/70; ativista do Movimento Estudantil, clandestinidade, resistência armada ao “Regime Militar de 64”, ex-vereador em Natal pelo PC do B, é professor da UFRN, advogado e sociólogo. Vestindo Jeans, camiseta e uma linda jaqueta cáqui (o dia hoje amanheceu fazendo um friozinho gostoso aqui em Natal. A máxima para hoje é de 28*C e a mínima 22*C. Isso para nós, que temos uma média de 36*C, é frio, sim!), mostra que comunista também sabe consumir moda.
Aí o papo começou. Tive o cuidado de poupá-lo do tema PC do B do momento. Certamente, conhecendo Juliano como conheço, ele está ano-luz disso tudo. Este não é o seu partido ou sua verdadeira ideologia. Então iniciei dizendo que, para mim, era uma enorme satisfação poder conhecê-lo pessoalmente, e que, em janeiro do ano passado, eu havia publicado, em meu blog “Na Calçada do Rio Grande” – com o título de “MY DARLING CLEMENTINE: TOCANTE DEPOIMENTO” - um depoimento de Francisco Sobreira sobre um encontro que tivera com ele no Recife, onde viram juntos “Paixão dos Fortes” (My Darling Clementine/1946), de John Ford. Juliano me disse que já havia visto o filme no Cine Poty (Av. Deodoro, no Bairro de Petrópolis). E que foi aquela noite - arriscando-se a ser preso – porque sabia que Sobreira e Gilberto Stabili poderiam estar lá. Os dois eram loucos por Ford e, certamente, não perderiam a chance de ver uma obra do "Velho Mestre". Mesmo tendo que viajar os 300 quilômetros que separam Natal do Recife. Juliano disse que quando parou na frente dos dois eles ficaram tão assustados que pareciam ter visto um fantasma. Esperava qualquer coisa, menos encontrar um foragido do regime ali dentro do cinema. Até por que era uma programação de Cinema de Arte e, para o governo, muitos subversivos estariam por lá. Rimos muito e falamos de Ford, Fonda e Mature.
Depois, como não podia ficar de fora, comentamos a barbárie, cometida pela OTAN, fazendo 29 bombardeios contra a Líbia, culminando com a execução, sumária – empalamento, estupro e corte da genitália – de Kadafi. Agora a ONU – aquela mesma ONU que faz Resoluções para a Palestina e Israel dar o dedo pra todas elas – quer uma investigação. São uns canalhas. "E, afinal, quem é a OTAN?" Perguntou Juliano. Eu lhe disse que, para mim, nada mais é do que a escória do Leste Europeu, os neonazistas escandinavos, comandos por canalhas da fibra de um Belusconi e assessorado por Sarkozy, mas, que apenas seguem orientação do crápula maior: Barack Obama. O comunista apenas tragou seu cigarro e sorriu. - (fcésar)
Aí o papo começou. Tive o cuidado de poupá-lo do tema PC do B do momento. Certamente, conhecendo Juliano como conheço, ele está ano-luz disso tudo. Este não é o seu partido ou sua verdadeira ideologia. Então iniciei dizendo que, para mim, era uma enorme satisfação poder conhecê-lo pessoalmente, e que, em janeiro do ano passado, eu havia publicado, em meu blog “Na Calçada do Rio Grande” – com o título de “MY DARLING CLEMENTINE: TOCANTE DEPOIMENTO” - um depoimento de Francisco Sobreira sobre um encontro que tivera com ele no Recife, onde viram juntos “Paixão dos Fortes” (My Darling Clementine/1946), de John Ford. Juliano me disse que já havia visto o filme no Cine Poty (Av. Deodoro, no Bairro de Petrópolis). E que foi aquela noite - arriscando-se a ser preso – porque sabia que Sobreira e Gilberto Stabili poderiam estar lá. Os dois eram loucos por Ford e, certamente, não perderiam a chance de ver uma obra do "Velho Mestre". Mesmo tendo que viajar os 300 quilômetros que separam Natal do Recife. Juliano disse que quando parou na frente dos dois eles ficaram tão assustados que pareciam ter visto um fantasma. Esperava qualquer coisa, menos encontrar um foragido do regime ali dentro do cinema. Até por que era uma programação de Cinema de Arte e, para o governo, muitos subversivos estariam por lá. Rimos muito e falamos de Ford, Fonda e Mature.
Depois, como não podia ficar de fora, comentamos a barbárie, cometida pela OTAN, fazendo 29 bombardeios contra a Líbia, culminando com a execução, sumária – empalamento, estupro e corte da genitália – de Kadafi. Agora a ONU – aquela mesma ONU que faz Resoluções para a Palestina e Israel dar o dedo pra todas elas – quer uma investigação. São uns canalhas. "E, afinal, quem é a OTAN?" Perguntou Juliano. Eu lhe disse que, para mim, nada mais é do que a escória do Leste Europeu, os neonazistas escandinavos, comandos por canalhas da fibra de um Belusconi e assessorado por Sarkozy, mas, que apenas seguem orientação do crápula maior: Barack Obama. O comunista apenas tragou seu cigarro e sorriu. - (fcésar)
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