sábado, 9 de abril de 2016

PALMEIRA 0X1 SANTOS



Ainda há pouco, mexendo no meu arquivo, um pequeno envelope, com as beiradas verdes e amarelas, chamou minha atenção. 'Dêi di gárra du mêrmu i êis qui, dirrepentimênti" encontrei dentro um cartão postal do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Mundialmente conhecido como "Morumbi", uma vez que estar "encravado" dentro daquele rico bairro paulistano. Pois bem, acompanhando o cartão, que há muito eu dava como perdido, encontrei o ingresso de arquibancada que garantiu minha entrada, na noite de 14 de abril de 1983 - uma quinta-feira - para ver o jogo Palmeiras e Santos, pelo Campeonato Paulista de Futebol. E lá se vão 33 anos... Eu morava em uma rua paralela a Rodovia Raposo Tavares, altura do Km 12. Descemos uma ladeira, cruzamos a Av. Francisco Morato e seguimos na direção Sul: eu, um jovem norte-americano de Montana, de nome Martin, um jovem paraguaio, do Paraguai, de nome Miño, e um cearense, do Ceará, de nome Sérgio Simplício. Acomodamo-nos na torcida do Santos, dando às costas para o bairro de Santo Amaro (creio!). O segundo tempo se estendia e, nada de gol. Lá para as tantas, Amaral "arranca" (linguagem de narradores de futebol) pela direita e cruza para dentro da grande área. Serginho "Chulapa", "o matador", com categoria, dominou a bola por entre as pernas do zagueiro marcador e, livre, bateu no canto. Exatamente onde eu estava. Um a zero, placar final. Nordestino em São Paulo é o que há de mais "pitoresco", em minha humilde visão, "apôis" saímos do Estádio feito quatro abestalhados, pegamos o caminho errado. Ao invés de seguirmos na direção de Jardim Bonfiglioli, seguimos para o outro lado, na direção de Santo Amaro. Quando percebemos o erro, passava de meia-noite. Fomos dormir quase às duas da manhã. Cada um com um sorriso idiota na cara e muitos lamentos, por causa do cansaço. Contudo, foi um excelente programa cultural. - cp


Em tempo: eu quase esqueci de dizer que, do nosso lado, havia um torcedor santista, com a cabeça cheia de "Tatuzinho", todo lance ele dizia um palavrão. "Juiz filho da puta" foi o menor. O problema era que Simplício "infernizou" a vida daquele infeliz. Quando ele baixava a cabeça, meu amigo gritava: "juiz ladrão!" O bêbado completava: "filho da puta!" Eu ria de morrer. Foi muito divertido.



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