segunda-feira, 11 de abril de 2016

NA DOR, O PRECONCEITO


Eu estava, há pouco, refazendo o texto sobre o 1º de abril de 1981 (e “concertando” erros gravíssimos de português) quando a lembrança de um fato me arrancou um sorriso por causa de uma experiência que vivi em Santa Cruz aqueles dias. E pensei: “como somos idiotas!” A cidade estava um caos. Sem energia, sem comunicação, a água potável acabando, a saída para Natal era dificultada por causa dos acessos danificados e uma parte da cidade destruída. Uma das ruas que as águas levaram foi à rua dos cabarés do lugar. De modo que as “mininas” ficaram desabrigadas. As autoridades escolheram um terreno para que montássemos um acampamento provisório com barracas militares. Acontece que, numa situação como aquela, não pode haver divisão, contenda, discriminação. Todos estão no mesmo “barco”. Vivendo as mesmas aflições. Pois não foi assim que aconteceu. Ao termino da montagem, de umas 50 barracas, não me lembro ao certo, as mulheres casadas se revoltaram e não aceitou que as “quengas” ficassem no mesmo acampamento.  O oficial do Exército, Tenente Guará, do 16º Bi de Natal, nos levou para outro local e tivemos que “assentá-las” naquele lugar afastado. – [cp]



As fotos que ilustram este texto eu extrai do Blog Portal Campo Redondo.  Mostra a ponte da cidade de Campo Redondo, inteira, repousando no leito do rio - nos primeiros dias que sucederam ao desastre e hoje.

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