Eu estava, há pouco, refazendo o texto sobre o 1º de abril
de 1981 (e “concertando” erros gravíssimos de português) quando a lembrança de
um fato me arrancou um sorriso por causa de uma experiência que vivi em Santa
Cruz aqueles dias. E pensei: “como somos idiotas!” A cidade estava um caos. Sem
energia, sem comunicação, a água potável acabando, a saída para Natal era
dificultada por causa dos acessos danificados e uma parte da cidade destruída.
Uma das ruas que as águas levaram foi à rua dos cabarés do lugar. De modo que
as “mininas” ficaram desabrigadas. As autoridades escolheram um terreno para
que montássemos um acampamento provisório com barracas militares. Acontece que,
numa situação como aquela, não pode haver divisão, contenda, discriminação.
Todos estão no mesmo “barco”. Vivendo as mesmas aflições. Pois não foi assim que
aconteceu. Ao termino da montagem, de umas 50 barracas, não me lembro ao certo,
as mulheres casadas se revoltaram e não aceitou que as “quengas” ficassem no mesmo
acampamento. O oficial do Exército,
Tenente Guará, do 16º Bi de Natal, nos levou para outro local e tivemos que “assentá-las”
naquele lugar afastado. – [cp]
As fotos que ilustram este texto eu extrai do Blog Portal Campo Redondo.
Mostra a ponte da cidade de Campo Redondo,
inteira, repousando no leito do rio - nos primeiros dias que sucederam ao
desastre e hoje.
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