Acabo de
ler "Hagar - O Horrível". Livro de Dik Browne. Presente do amigo
Edson Aquino. Eu conheci as histórias de Hagar quando era gazeteiro, nos anos 1970. O
personagem vinha em tiras no jornal Diário de Natal. Como eu era criança, não entendia
nada do diálogo adulto entre Hagar e sua esposa Helga - sempre fazendo comida e
limpando o chão. Aliás, é ela quem "equilibra" as burradas de seu
marido bufão que não para de beber e de comer. Helga é totalmente alheia ao "heroísmo" do marido. Em um quadrinho há
uma batalha. O castelo está sendo atacado. Hagar grita para o seu fiel
escudeiro: "Despeje o óleo fervente!" Helga ordena: "Espere aí! Minhas batatas fritas!" E retira a fritura do tacho quente. O casal central têm dois filhos: Honi, uma linda adolescente doida para casar,
e o pequeno Hamlet. Um garoto intelectual, totalmente fora da ideologia bárbara
dos vikings. Hagar é "assessorado" por um escudeiro idiota, magrelo, vestido em
uma longa camisola, cuja as mangas cobrem suas mãos. Ele usa um capacete em
forma de. um funil. Suas dúvidas são hilárias. Em uma delas presencia Helga
reclamando de Hagar enorme de gordo: "O que aconteceu com o marido esbelto, bonito e espirituoso com o qual casei
há vinte anos? " Surpreso o escudeiro pergunta: "Então Hagar não é o seu primeiro marido?" Noutra cena Hagar pergunta ao seu escudeiro: "Como é que os magros se sentem?" O escudeiro responde: "Iguais aos gordos, creio eu. Só que mais magros". Em um, dois ou três (no máximo três) pequenos quadros, Dik Browne conta com
muito bom humor - e ridículas situações - as experiências de uma família
vicking. É excelente para casais discutir a relação. Nele há muito do nosso
dia-a-dia conjugal. Recomendo. -[cp]
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