domingo, 11 de agosto de 2013

O POBRE RICO RIO GRANDE DO NORTE SEM SORTE


Aqui nesta foto, na altura da marcação 4, é o cruzamento das avenidas Bernardo Vieira (na horizontal, com sentido do bairro de Lagoa Seca, à direita, ao bairro das Quintas, à esquerda) com Jaguarari (na vertical sentido Centro). A área é conhecida como “Comunidade dos Coqueiros”, mas, fica no bairro de Nossa Senhora da Conceição, embora, oficialmente seja a divisa entre Dix Sept Rosado com Lagoa Seca. Existe um “cracolândia” nas imediações. Homens, mulheres e crianças vivem ali refugiados nos prazeres que o tal do “crack” ilusoriamente lhes proporciona.

Pois bem, naquela esquina existe um menino, de uns 13 anos, no máximo, cabelos aloirados, encaracolados, a carinha sem esperança, imunda de sujeira. Usa molambos, de marcas famosas, que também lhe dão... Constantemente a pedir a quem pàra no semáforo. Está sempre mastigando restos: de biscoitos, de amendoins, de bolachas, de brote, de pão com nada dentro, do que lhe der para se alimentar... O detalhe é que a hora que você passar encontra aquele garoto pedinte: 1 da tarde, 8 da noite, meia noite, 3 da manhã, 6 da manhã... Todo dia é dia. Toda hora é hora.

Acabei de vê-lo – pela milésima septingentésima septuagésima nona vez... E a cada vez que o vejo me encabula é que não existe em Natal, a capital do riquíssimo Estado do Rio Grande do Norte (e sem SORTE), uma instituição séria, com qualidade para recebê-lo e fazê-lo um cidadão. Muito menos existe em Natal, a capital do riquíssimo Estado do Rio Grande do Norte (e sem SORTE) uma autoridade para acabar essa vergonha pela qual vive uma parte do nosso povo. Em particular, das nossas crianças... 


Também me encabula a ideia de que, diariamente, centenas e centenas de famílias passam por ali, e saem satisfeitas por ter dado aquela criança, 10 centavos, 25 centavos, 1 real. Só não apareceu ainda uma família disposta a tirá-lo daquela humilhante vida, onde não há esperança, e lhe oferecer dignidade... - (fcb/cp)

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