Minha mulher era uma
pessoa extremamente engraçada e adorava um bom palavrão - sem pornografia: no momento certo,
no lugar certo e no tom certo. Competentíssima na educação dos filhos, curiosamente nenhuma de suas duas filhas falam palavrões. Aliás,
minha filha com ela, quando ouvia as brincadeiras da mãe, trancava a cara. Que coisa!
Graça era imediata nas respostas. E quando ela ficava muito séria, geralmente por causa de suas responsabilidades
diárias, eu gostava de provoca-la para quebrar um pouco o “gelo”.
Independente da
quantidade de banhos tomados durante o dia, imediatamente antes de dormir
tomava mais um. E depois era aquele festival de perfume no ar.
Certa vez, já passando
da meia noite, lá estava ela numa louca perfumança e eu, da cama, provoquei:
- Vai sair minha
“filha”?
Sem se virar, respondeu de pronto:
- Vou fazer um “michê” no
cabaré de sua mãe!
Enquanto eu chorava de
tanto rir, ela me “fuzilava” com seu olhar. Um olhar lindo, e docemente mal
humorado. - (fcb/cp)
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