quarta-feira, 6 de julho de 2016

PRECIOSIDADE FORDIANA


Antes de entrar no assunto principal, um preâmbulo se faz necessário para eu contar que estava com meu computador sem funcionar há mais de um ano. Uma hora era falta de peça, outra hora era falta de tempo para levar no conserto, outra hora foi faltou dinheiro mesmo... O certo é que eu estava com vários trabalhos "empancados", precisando concluir. Mas, como diz mamãe: "Mais vale um amigo na praça do que dinheiro na Caixa"... Na semana passada, meu amigo Wilson Roberto sabendo do meu problema, me presenteou com um computador. Como dizem políticos, mentindo na campanha: "Agora vai!" Enfim! Ontem à noite não trabalhei, de modo que dei uma adiantada em algumas pesquisas, ficando até às três horas da manhã envolvido com os escritos. Uma curiosidade: quando fui ler o último parágrafo - que havia escrito há mais de um ano - a continuação da história me chegou como se eu tivesse parado no dia anterior. Foi maravilhoso! Hoje pela manhã acordei às 09h00min. Sentei para escrever. Acontece que senti necessidade de descansar a mente com algo diferente. Resolvi listar todos os filmes de minha "Filmoteca Ben Johnson". E iniciei com as películas dirigidas pelo grande mestre, John Ford. No ano passado eu havia comprado uns cinco de seus 150 filmados. Mas, sem tempo, nem olhei detalhes. Botei na estante junto com os demais. Hoje, ao organizá-los, decidi enumerá-los por data. Eu sabia que o mais antigo (de Ford) que eu tinha era "O Cavalo de Ferro". Filme mudo de 1924. Mas, quando foi na hora "H", tive uma agradável surpresa. Em minhas mãos, "Bucking Broadway", de 1917. "Arreganhei os cântu da boca di urêa à urêa". Uma raridade fordiana em minhas mãos. Imediatamente botei o disco no aparelho de DVD. Curioso, quis ver o início. Ao menos os créditos. Começou. Mas antes, é dada uma explicação de que, em 1970, um cidadão francês doou este filme para a Academia de Artes de Paris. Acontece que, os funcionários não deram a menor importância aos quatro rolos, esquecendo- os em algum lugar do prédio. Recentemente alguém encontrou e foi ver. Reconheceu o ator Hary Carey. E chamaram outros para se certificar de que era um filme de John Ford. Nove meses foi o tempo de restauração. A película tinha arranhões, fungos, sujeira. Depois tiveram de restaurar a cor original: sépia. Detalhe: o filme é totalmente mudo. Nada de som. Nem som de piano - como havia na maioria dos filmes mudos. Só imagens intercaladas com letreiro. São 43 minutos de filme que pretendo ver brevemente. Continuando elencando os filmes, descobrir outro antigo: "Camaradas" (Just Pals), de 1920. - [chico potengy]


Texto de 19/06.

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