sábado, 18 de agosto de 2012

“POTIGUAR”

Porra, banalizou-se tanto o gentílico “potiguar” que até Xuxa, apareceu na tela da TV Globo, saudado o povo do Rio Grande do Norte (e sem SORTE) de “povo potiguar”.

Eu tenho a maior curiosidade de saber se o meu povo sabe quem foram os potiguares e onde eles viveram realmente... Será que sabe que aqui, onde é hoje o RN, viveu um povo infinitamente superior aos potiguares? Os Janduís!

Os janduis fizeram o maior tratado indígena das Américas. Curiosamente este fato é omitido nos livros de História do Brasil. Mas, se ocorrido nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro ou de Minas Gerais, também seria? Os janduís foram ferrenhos inimigos dos portugueses. Os potiguares, puxa-saco dos portugueses. Depois de usados receberam do povo luso apenas desprezo.

Será que o meu povo sabe onde atualmente “veve” os potiguares? Como “vevem”, o que comem, o que vestem. Já pensaram em fazer alguma coisa para resgatá-los da miséria em que se encontram? Será que essa injustiça - que comentemos ao longo da nossa história contra aquele povo, que estavam aqui antes de nós - faz este Estado ser tão “pobre”, “miserável”, que anda, anda e não sai do lugar? Será por isso que somos o “cu” do país (veja o mapa!)?

Aquilo que plantamos..., colhemos... “Nóis” somos medalhas de ouro em defender causas alheias. Síria, Palestina, “inté” o holocausto judeu na II Guerra Mundial. Mas, e “nóis”, aqui no dia-a-dia? Um turista veio me elogiar a “hospitalidade” do natalense. No que eu rebati: “’a bajulação’, o senhor quis dizer”?! E emendei: “moro aqui há 47 anos e desconheço essa hospitalidade. O meu povo é ótimo para quem é de fora. É um povo extremamente submisso. Faz tudo para agradar turistas”. Mesmo aqueles que vêm trazendo na bagagem sua falta de educação. O comportamento do meu povo me faz lembrar uma frase de Nelson Rodrigues: “Amar a humanidade é fácil. Difícil é amar o próximo.”

Você, meu doce leitor, sabia que em Natal - a capital do meu Rio Grande do Norte (e sem SORTE!) - existe “O Dia do Holocausto”? Pois é, uma lei municipal criada pelo GRANDE – grande do verbo medíocre – vereador Aquino Neto, deu a nossa cidade o status de ser a única cidade - fora do Estado Imperialista Expansionista e Artificial de Israel - a comemorar o Dia do Holocausto. Agravante: ele queria que os seus colegas votassem para que aquele dia fosse feriado municipal aqui na Terra de Cascudo. É mole? E quando protestei fui chamado, os judeus locais me “cunharam” – no jornal Tribuna do Norte em algum dia de 1996, se não me falha a memória cheia de idéias - de “Nazista odioso”. Alias, hoje podemos falar mal de todo mundo – até de Deus -, menos de judeu e “viado”. Se fizermos qualquer comentário contrario as suas idéias somos taxados de “nazistas”, “homofóbicos”, e por aí vai.

Eu, “nazista odioso”! Eu sou - apenas e tão somente - eu e minhas circunstâncias. Ops..., creio que esta frase é de outro “pensador”... - fcésar

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