quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A MAGIA DO CIRCO

Circo Em 2005 chegou a Natal um enorme circo europeu com muitos animais como atração. Parece-me que foi o último a trazer animais a nossa sofrida e abandonada cidade.

Tenho um irmão que mora no interior. Na época era caminhoneiro, rodando “pra riba e pra baixo” nas estradas esburacadas deste imenso Brasil varonil. Quando o circo estreou, ele trouxe sua mulher e a filha para conhecer outros animais, uma vez que a “bichinha” só conhecia cobra, calango e mocó. A garotinha, então com 6 anos de idade, ficou encantada “veno” girafas, camelos, tigres, cavalos da Índia, lhamas, um enorme casal de gorilas, entre outros. Aquilo mexeu de tal forma, a cabeça garotinha. Possivelmente uma das melhores recordações que ela levará para o resto do tempo que viver
.

Três meses se passaram e eis que chega a Sitio Novo o “Gran Circo Tomara Que Não Chova”. “Luxuosamente” armado próximo a casa dela. Quando o palhaço passou gritando “hoje tem espetáculo”, a pobrezinha, pensando em rever aqueles animais fabulosos, que jamais se apagará da memória, “atentou” a mãe até conseguir um ingresso para a sessão de estréia.

Maria Tereza é a última de uma prole de mais de 500 filhas que meu irmão tem (e nem um filho!) - aquilo é que é um cara para ter filhas, Ave Maria! Pois bem, a menina foi ao circo mais uma vez. Ao sair, visivelmente decepcionada, exigiu (eu disse “exigiu”!) da mãe uma ligação para o pai. Quando meu irmão atendeu a garota disparou: “Painho, fui ao circo! Painho, lá só tinha um galo, um cachorro vira-lata, uma cabra, um jumento e um macaquinho!”


O “macaquinho” em questão era um sagüim. Meu irmão teve de parar o caminhão, pois não agüentava de tanto rir.

Jamais decepcione uma criança. (FCB/CP)

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