“The War Wagon”/1967
Direção: Burt Kennedy
Roteiro: Clair Huffaker
Fotografia: William H. Clothier
Música: Dimitri Tionkin.
Produtor: Marvin Schwartz para a Batjack.
Com John Wayne, Kirk Douglas, Joanna
Barnes, Howard Keel, Robert Walker Jr., Keenan Wynn, Bruce Cabot, Valora
Noland, Bruce Dern, Emilio Fernandez, e grande elenco…
Comentário:
Andei dando uma parada nas publicações referente ao “Festival John Wayne” que
eu promovo para mim mesmo aqui em casa, mas isso não significou que tenha dado
uma parada em ver filmes. Não!Todos os dias eu vejo um diferente. E, ao
contrario do que possa parecer, não são só filmes com o “Duke”. Costumo
intercalar com outros que já vi, ou não. Em breve escreverei sobre eles. Agora
vou falar sobre o filme Gigante em Luta, que é um daqueles bons faroestes com
muita ação e tiroteio. Estrelado por John Wayne e Kirk Douglas - que este ano,
em dezembro próximo, fará 100 anos de vida. Ambientado na fronteira dos Estados
Unidos com o México (todo rodado na belíssima região de Durango, México. Aliás,
você chega a pensa que o é o Seridó norte-rio-grandense. Cenário realmente
muito parecido), no fim do século XIX,conta que Taw Jackson (Wayne), depois de
três anos preso injustamente, volta a sua cidade sob condicional. Um crime foi “arranjado” para tirá-lo de seu
rancho, rico em prata. Sua minaé muito cobiçada por um homem sem escrúpulo de
nome Pierce (Bruce Cabot), que vive rodeado de capangas fortemente armado.
Contudo, ele tenta contratar Lomax (Douglas), perigoso pistoleiro da região,
para matar o verdadeiro dono da terra. Mas Taw Jackson voltou por um propósito:
assalta o carro blindado que carrega meio milhão de dólares em prata. Para
isso, tem de formar uma parceria com alguns desajustados, além de uma tribo de
índios e..., Lomax. A cena do assalto ao carro blindado, com uma metralhadora
giratória montado na parte de cima do veiculo, é de tirar o fôlego. Muita
correria, tiroteio, explosões, e um final surpreendentemente inimaginável. A
fotografia ficou sob a competência do conhecido William H. Clothier. O roteiro
é de. Destaque para as belezas femininas de Joanna Barnes e Valora Noland que,
mesmo “desarrumada”, ficou linda em suas cenas. As curiosidades ficam por conta
do diretor da segunda unidade: Cliff Lyons (geralmente cenas de quedas de
cavalos em tiroteios, quedas de dublês, etc. Ele era muito bom nesse tipo de
ação), sempre trabalhando ao lado de John Wayne. Também o ator mexicano Emilio
Fernandez (1904-1986) - em seu costumeiro papei de bandido mexicano, o que
fazia com muita competência e com todos os clichês que Hollywood roteirizava:
sombreiro e cartucheiras encruzilhadas o peito. Também há lindas garotas
chinesas, a belíssima música tema de abertura, “Balladof The War Wagon”, com
letra de Ned Washington, música de Demitri Tionkin e cantada por Ed Emes –
conhecidíssimo no Brasil como o índio “Mingo”, da Série Daniel Boone. A única
aberração no filme ficou por conta da legenda em português. Todos os meus
amigos sabem que não falo inglês. Mas, com tantos anos de experiência cinéfila,
principalmente vendo filmes faroeste, é claro que aprendi “meia dúzia” de três
ou quatro palavras. E só! Mas, mesmo com essa paupérrima “bagagem”, me dou ao
luxo de rir desse povo que legenda os filmes aqui no Brasil. Em uma cena Lomax
(Douglas) pergunta: “What’s that?” Taw Jackson (Wayne), responde: “The Kiowa
tribe.” O sujeito da legenda escreveu a resposta assim: “A tribo Kyola”. Noutra
cena um dos bandidos sugere dá a volta num desfiladeiro para cruzar um rio, cuja
ponte acaba de ser destruída por uma explosão planejada. Mas, outro pistoleiro
protesta, dizendo: “Why, that’s three miles away”. Traduziram: “Mas fica há
três quilômetros”. “Three miles” não são três quilômetros. Fiz os cálculos. São
mais de quatro. 4.828, para ser exato. Ou seja: quase cinco quilômetros. Mas, o
pior estava por vir. Numa cena final Taw pede ao jovem Billy Hyatt (Robert
Walker Jr.): “Toss me those saddlebangs.” Traduzira: “Traga-me essa sela.” A
palavra sela, em inglês, se escreve “saddle”. O que o personagem de John Wayne
queria era o alforje: “Saddlebang”. Mas, nada disso altera o “sabor” deste
filme. Recomendo. – chico potengy
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