No ano passado fiz um
trabalho para um amigo - figura muito conhecida no meio cultural natalense - e
cobrei 50 reais pelo serviço. Ele me disse que pagaria na terça-feira da semana
seguinte. Três meses depois o encontrei no Grande Ponto. Pediu mil desculpas e
me prometeu o pagamento na semana seguinte. Dias depois - num sábado - eu o
encontrei numa roda de bebedeira no Bar de Nazir. Ali no "Beco da
Lama". Fez questão de apertar a minha mão e disse, com hálito de cachaça:
"Não pense que me esqueci de você, não! Vou lhe pagar. Aguarde."
Disse isso pressionando meu ombro. Eu odeio que converse me segurando... Há
cerca de dois meses - noutro sábado -, eu estava no Sebo Vermelho, na Av. Rio
Branco, sentado num tamborete à porta, lá vinha ele. Saindo da calçada do
antigo Cine Rex, cruzando a avenida em diagonal. Quando me viu, aproveitou dois
ônibus passando entre eu e ele, sumiu que eu nem vi. Fiquei morto de vergonha
daquela atitude. Como eu sei que todos os sábados ele bebe no Beco da Lama, não
estou mais passando naquele trecho. Na verdade ele já me "pagou".
Pagou com seu mal caratismo... - [chico potengy]
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