quarta-feira, 8 de junho de 2016

A FEIRA LIVRE DA CIDADE DA ESPERANÇA


Ontem amanheci na Cidade da Esperança. A feira mais badalada da terra da atriz, teatróloga e poeta, Clarice Palma (1911-19996), é a do Alecrim (aos sábados), mas, a da Cidade da Esperança deixa dúvida nessa fama. Com quase dois quilômetros de extensão, tem uma variedade incrível de produtos: eletro eletrônico, aves, pássaros, bicicletas, móveis, utensílios domésticos, roupas (usadas e novas), cereais, frutas, verduras, brinquedos, carnes, peixes, doces, e tantas outras coisas. Camisas de time de futebol, do mundo todo. Detalhe: só não tem camisa do Alecrim Futebol Clube... Até cabaré, das antigas, com direito a puta sentada à porta, exibindo um copo de bebida e, na radiola, Bartô Galeno, tem... Aliás, quando passei, uma delas, toda pintada, os cabelos presos por frisos, os beiços com meio quilo de batom vermelho, um sorriso com meia dentição, me cantou: "Hei moreno, vâmu fazê um morenim bem lindim quinem tu, bóra?" Respondi um "não" com um sorriso. Mentalmente eu disse: "Vai-te pra lá, satanás! Vá atentar o ‘futico’!” Enfim... Comprei frutas para mim e para mamãe. Depois, como todo bom nordestino, procurei um lugar para comer algo bem regional. Graça reclamava muito quando eu comia na feira. Adoro! O lugar que encontrei não era nada atraente. Entrei assim mesmo. O cidadão do estabelecimento disse que tinha "costela bovina, galinha, picado de porco e caldo de mocotó". Pensei no caldo, mas, para quem é viúvo, é bom evitar. E num frio desse principalmente... Pedi picado, arroz e batata doce. Como já disse, o lugar não era agradável, mas, em compensação..., foi o melhor picado de porco que já comi na vida. Sem exagero, foi o melhor picado de porco que já comi na vida... Na verdade, dona Rita de seu Zuza Déro fazia um picado muito gostoso. Mas, eu era muito criança para desfrutar do prazer dos alimentos. O sabor daquele de ontem ficou na minha história gastronômica. Quando cheguei na parada do ônibus, a idéia era pegar o 19 e ir para casa tomar um banho e descansar um pouco. Estava exausto. Havia trabalhado doze horas. Não parece, mas, trabalho... Acontece que chegou um ônibus do Golandim e eu, "tibungo" dentro dele. Fui direto para a casa de mamãe. Quando lá cheguei passava das 09:00hs. Aí juntou o cansaço, com a comida pesada, caí em sono profundo. Dormi até às 15:00hs. Em casa fui ver um filme com John Wayne e "jantei" uma vitamina de mamão, banana e laranja. Nem sei como dormi. Acordei agora às 06:00hs em ponto. Creio que fui despertado pelo tal "relógio biológico". Agora vou ver um documentário, sobre o filme que vi ontem (Rastros de Ódio) e interagir com meus adoráveis amigos facebuqueiros. Ah, estou planejando voltar, domingo, à feira da Cidade da Esperança. E torcendo para, até lá, poder ter um "motivo" para tomar aquele caldo de mocotó... – [chico potengy]

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"Picado de porco, arroz branco e batata doce. Tire um fino?! Não, tire um fino?! Estou na feira da Cidade da Esperança. Depois conto os detalhes"... - pequeno texto, para o Facebook, escrito quando eu estava me deliciando com este prato. - cp  

Um comentário:

  1. oi Chico eu sou Valdir so portigua faz tempo que não vou na feira da esperança. guando eu coensi está feira ela era no antigo lugar eu era criança meu pai era feirante o Gonçalo da maçã au lê seu texto eu voltei no tempo eu tinha banca ai chegava di madrugada i ja tinha pessoas disbuano feijão verde. banca de bebidas com macaxeira.picado mocotó Espetinho era tempo bom tinha também troca i venda di animais. logau dos rolo son velho. televisão bujao o cara brincava com mulher i levava tudo pra feira .tinha um clube na esperança. guando acabava i todos mundo para feira era muito legal. gostei muito da forma gue você cometo eu mi vi ai comendo ese picado.sintii saudade da feira. valeu cara.eu tenho muitas estoria desta feira

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