terça-feira, 4 de agosto de 2015

BERNARDO VIEIRA – A VIA DO CAOS




Bom dia magote de amigos! Hoje me deu à doida e eu saí de casa a pé. Quando vivia no interior só andava a pé. Me lembro de que eu ia de Barcelona para a casa do meus avós – 9 quilômetros – a pé. Eu era uma criança. 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 anos. Fiz isso tantas vezes. Sozinho. Não se via “vivalma”. Nunca tive medo. O mundo era outro... Só uma vez tive medo - quando encontrei com um bando de ciganos. Me escondi no mato e esperei que passassem. Hoje tive um assunto a resolver no Bairro de Lagoa Seca e decidi ir a pé. A gente vem morar na cidade grande e só sabe andar atrepado num ônibus. Sai do Alecrim, cruzei a “fronteira” com as Quintas (onde mostreis meu passaporte para as autoridades) e finquei o pé no chão. Fui pela Av. 5 (Presidente Lerão Veloso) até o final onde ela se encontra com a Rua dos Tororós, cruzando a Av. 15 (Bernardo Vieira). Vou dizer uma verdade: não faz menos de 30 anos que eu não andava pela Bernardo Vieira a pé. Na verdade passo naquela caótica avenida quase todos os dias: de carro. E viajando “colado” aos carros da frente, não dá para ver as mazelas da via. Hoje, vi! Meus adoráveis e pacientes amigos, aquilo é o que se pode chamar de caos... A avenida está completamente abandonada pelo poder público. O atual prefeito Carlos Eduardo Allves, numa gestão passada, criou o corredor daquela avenida. No papel a ideia foi maravilhosa. Já na prática... Como já disse acima, peguei a Av. Bernardo Vieira na altura de onde no meu tempo de criança se chamava “Coreia do Nilo”. Aquele trecho que vai do cruzamento da Av. 6 (Interventor Mário Câmara) até a Jaguarari. Para quem não sabia deste detalhe, anote aí no seu caderninho... Enfim! Dalí até a Av. Pudente de Morais eu só vi desgraça. Com a criação do “Corredor”, não sobrou espaço para estacionar carros. Com isso os logistas não tiveram o menor escrúpulo em permitir que seus clientes estacionem sobre a calçada. Motos, cadeiras, camas, “vasilhas” de transportas cães, carros no conserto, entre outros produtos tomando o espaço dos transeuntes. Para ser franco, andei mais no asfalto do que na calçada. Outro detalhe são as calçadas esburacadas. Vi um idoso resvalar o pé numa fenda aonde a cerâmica quebrou. A filha do ancião o segurou para ele não cair. Como diria o grande filosofo contemporâneo Mução: “É uma falta de absurdo!” A Cidade do Natal está abandonada. Micarlla de Souza já saiu da prefeitura, faz tempo... Na semana passada um "fuxiqueiro" me garantiu que dois secretários do município de Natal compraram - cada um - apartamento na Av. Sílvio Pedrosa. Entre o prédio onde mora o prefeito e o prédio onde mora o governador... Vão ser vizinhos, "óia"?! Pague por este cheque a quantia supra de... cinco milhões de reais... Tirem um fino? Um delles tem pinta de galã. Fala articulado. Olhar de preocupação. Preocupação em ficar rico, claro! O outro tem cara de flagelado da seca braba. Anda todo maltrapilho. Um chinelo furado no pé. Quando o encontro me dá uma vontade de pagar um lanche pra elle. Uma cara de sofrido que me dá pena... Pena do “verbo” dó! Vou terminar perguntando (da série “Perguntar não Ofende”): onde estão as pessoas que pagamos para fiscalizar a cidade??? Pessoal, o contracheque, no fim do mês, é ÓTIMO. Mas, vamos criar vergonha na cara e trabalhar, magote de vagabundos! Vocês fizeram concurso para fazer um trabalho. FAÇA-O! – [cp]


Em tempo: a foto é do Jornal de Hoje.


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