... e o
detalhe é o seguinte: tenho visto muitos artistas - artistas de diversos tipos
de artes - reclamando de falta de apoio, de oportunidade para expor seus
trabalhos, entre outras mazelas que dificultam seus avanços. Até eu, que não
sou do ramo, mas gosto de "descer a lenha", reclamo. Mas, ultimamente
tenho notado que há diversos eventos culturais, porém, vazios. Ninguém
comparece. Meia dúzia de três ou quatro pessoas apenas. O Mercado de Petrópolis está "apipado" de artes e cultura.
Contamos nos dedos o número de pessoas visitando os boxes ou prestigiando
eventos. Na última feira de vinil eu percebi isso. Contudo, refleti e me parece
que o problema maior é falta de "sensibilidade" cultural nas
pessoas... Dinheiro o povo tem. Alí na Cidade Alta foram criados dois
"calendários culturais". Um acontece nas noites de quinta-feira, na
Praça André de Albuquerque. Só pagode, cachaça e um "baseadozinho" de
leve... O outro é um "Espaço Cultural" com nome de um político - a
Prefeitura de Natal fechou, em definitivo, uma rua que nos servia de retorno
para diversos bairros, para criar o espaço que só beneficiou um bar e um
magote de cachaceiros. Nada mais! Aquilo não representa cultura. Ou então eu
não "seio" o que diabo é cultura... O certo é que os eventos estão acontecendo:
cordel, vinil, pinturas, livros, fotografia, filatelia, numismática,
antiguidades, artesanato, culinária... Tudo acompanhado de música de qualidade.
O que está falta, a meu ver, é o povo aprender a valorizar a arte e a cultura.
A sua arte! A sua cultura! - cp
GLOSSÁRIO DO
RN:
"Apipapado"
= cheio.
Pipa é uma
vasilha de madeira, arredondada, que se "enche" com liquido. O
norte-rio-grandense criou (ou usa) a expressão "apipado" para definir
concentrações, de pessoas ou coisas. - pesquisa de Chico Potengy
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