Tenho um amigo de longa
data, e juntos temos o hábito de, nas sextas-feiras, ou nos sábados, nos encontrarmos
na Peixada da Comadre de Ponta Negra, para saborearmos peixes e frutos do mar.
Não conheço, em Natal, um melhor lugar para esta iguaria. E com a qualidade de
quem está no mercado há mais de 70 anos. Jerônimo, o proprietário – um dos
filhos da “comadre” – sempre nos recebe de braços abertos e um sorriso
acolhedor. É assim com todos seus clientes. E é um restaurante bastante
prestigiado pelo nativo. Em minha opinião, um diferencial.
Entre uma garfada e
outra, falar da vida alheia ainda é nosso prato predileto. Não paga imposto. E
ai de quem “cair” nessa minha língua medonha... Detalhe: se for amigo, tendo um
defeito, eu retiro. Mas, eu não gostando do “elemento”, se não tiver defeito,
eu boto.
Meu amigo havia acabado
de casar. Certa noite, depois de um gostoso papo com amigos na rua, chegou a
sua casa já passando das 23 horas.
Jaqueline, a jovem e inexperiente esposa, foi encontrá-lo na garagem
reclamando:
- Não acha que está cedo
demais?
Sem desligar o carro, o
amigo rapidamente elevou o relógio à altura dos olhos, deu um rapidíssimo tempo
em silencio, e disse:
- Você tem
razão. É cedo mesmo!
Deu marcha à ré e foi dormir
sozinho em um motel. No outro dia voltou par a casa já passando das 23 horas.
“Dona” Jaqueline o esperava com a cara parecendo um “bicho”, mas calada. Nunca
mais reclamou de horário. - (fcb/cp)
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