quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A INOCÊNCIA SORRIR



Hoje eu tive uma experiência única. Conheci Elisângela Nascimento. Lourinha, um tiara na cabeça, olhos azuis e um sorriso encantador...  Ela é uma daquelas pessoas que vem a este Planeta com a difícil missão de nascer duas vezes. No último sábado um demônio encarnado pulou o muro de sua casa e assassinou, a tiros, sua mãe - Lorrana Vicente do Nascimento de 29 anos – e, a facadas, sua irmãzinha - Jasmim Lorrana Nascimento de 8 anos de idade. Elisângela, um bebezinho de apenas 5 meses, dormia em um berço ao lado, mas, a misericordiosa mão dos Seres de Luz impediu que ela fosse atingida pela obra do mal. Quando me contaram sua história ela olhou para mim e seus pequeninos lábios se abriram em um lindo e inocente sorriso me mostrando dois minúsculos dentinhos inferiores... Me senti tal qual um gato quando encontra um pit bull: todo arrepiado. Minhas pernas ficaram petrificadas. A única frase que consegui dizer foi: “Deus lhe abençoe, criança”. E nada mais... 

(fcb/cp)

2 comentários:

  1. Consistência na escrita, sentimento, visão periférica, é esse tipo de texto, de estilo intimista que você meu nobre e talentoso amigo, se supera. Suas palavras ficam gravadas em nossa mente, e custam a esvai-se. Sou fã desse seu estilo, e doravante deveria apenas se dedicar a esse jeito, mas você gosta de escrever textos mais pesados nas frases, quando está indignado com algo. Eu sei que você não tem papas na língua e nem trancas no cérebro, mas se fosse apenas o escritor intimista que vemos aqui, já seria um sensacional escritor, e aquele que preferiria. Muito obrigado meu amigo César por mais esse belo texto, uma crônica da tristeza e da esperança. Um abraço de Luz.

    Carlos - Natal/RN.

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  2. É isso aí amigo César! Deus toca nosso coração das maneiras mais diversas; desta feita, com a sobrevivência de uma criança inocente que sorriu pra você sem ter noção da morte trágica da mãe e da irmãzinha. Digo mais: a sobrevivência de Elisângela Nascimento não foi à toa, assim como não é à toa o nome que ela carrega de nascença.

    Marcos Medeiros - Natal

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