sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TRABALHO, REGIME E A FALTA DE EDUCAÇÃO

Hoje (12/10) fui lavar o carro em um costumeiro lava-jato. A turma é toda de jovens trabalhadores. Entre eles um garoto com 13 anos. Enquanto algumas “autoridades” garantem seus empregos condenando o trabalho infantil (não à exploração do trabalho infantil!), eu, por minha vez, acho lindo. Comecei aos 11 anos - por necessidade – e trago em mim, bem guardadinho, o real valor da responsabilidade.

Trabalhei na infância, apanhei surras memoráveis, e vivi outras experiências que a sociedade, hoje, condena em nome de uma famigerada ordem chamada “politicamente correto” que, sinceramente, não sei aonde irá nos levar (as respostas têm estado todos os dias em programas policiais). Em minha infância não me faltou trabalho, escola e nem brincadeiras. Cada um ao seu tempo.

Tomo a liberdade de usar este parágrafo para agradecer a minha mãe os valores que recebi através de sua criação “politicamente incorreta”. Sou um homem de bem formado por uma mulher de bem: pobre, honesta, limpa, semi-analfabeta, mas que ensinou a mim, e a meus dois irmãos, que a “a vida é um prédio de muitos andares. E não vale a pena subir pelo ‘elevador’”.

Em 1972 cheguei ao bairro da Ribeira para ser gazeteiro dos jornais “A República”, “Tribuna do Norte”, “Diário de Natal” e “Diário de Pernambuco”. Antes de “começar os trabalhos” (como diria o babalorixá José de Arimatéia), eu lia as principais manchetes para anunciá-las aos meus clientes. Aliás, tenho esse “vício” até hoje: leio um jornal todinho só pela capa.

Tema principal: o garoto de 13 anos que citei acima. Bastante esforçado na responsabilidade que lhe foi confiada, trabalha para garantir seu próprio dinheiro. A meu ver, um privilégio - eu levava todo meu “apurado” para ajudar nas necessidades lá de casa.  “Agenda”: trabalha pela manhã, depois almoça e segue para a escola. Seu lazer fica para as primeiras horas da noite.

Perguntei-lhe onde estuda. “Escola Estadual Jean Mermoz”, no bairro de Nazaré, respondeu. “Você sabe quem foi Mermoz”? Timidamente disse, “Não”! Insisti mais duas vezes e ele me perguntou envergonhado: “foi o diretor da escola”?

Na minha infância e adolescência estudei nas escolas “Rotary”, “Chico Santeiro”, “Padre Miguelinho” e “Tiradentes”. Aprendi tudo sobre estas instituições e seus respectivos homenageados. Isso em plena “Ditadura Militar de 64”. Na quinta-feira formávamos no pátio para cantar o Hino Nacional Brasileiro ou mesmo o Hino da Pátria. Era um momento civicamente bonito e importante na formação cidadã. Os alunos amavam seus professores e, logo, os respeitavam.

Sendo um membro fundamentalista das redes sociais, tenho visto um bando de “fariseu” (alguns até sem idade para isso) se achar no direito de criticar a “Ditadura Militar”. Ou os “Anos de Chumbo”. Que diabo é isso? Aquilo era um regime militar, minha gente.


 Ditadura é na Venezuela, comandada por um caricato ditador que, dá a gota serena e não quer largar o osso – e a nossa pseudo esquerda batendo palmas, sob o argumento do voto. O voto, para mim, não passa de um engodo para encher barriga de pobre.
 
Esses dias li num artigo a seguinte palavra para definir o ex-presidente Médici: “déspota assassino”. Na dúvida, “dei de garra” do dicionário. Déspota: 1) Soberano que governa arbitrariamente; tirano. 2) Pessoa que impõe arbitrariamente a sua vontade. E Assassino: 1) Aquele que mata com premeditação ou a traição - que mata, homicida, matador. Médici era isso? Nunca ouvi falar que ele tenha atirado em alguém. Já o “grande mítico e lendário herói” Che Guevara...

“Mas foi a sua polícia”, certamente dirá algum leitor discordante. É verdade! A polícia daquela época matou demais. Faz 27 anos que vivemos uma chamada “democracia”. 27 anos sem “ditadores militares”. A pergunta é: por que a polícia continua matando tanto?

No tempo da “ditadura” (que palavra feia!), até guarda municipal se achava uma autoridade. Lembro bem de um deles, na Rodoviária Presidente Kennedy, que me dizia: “É ‘improbido’ vender jornais aqui. ‘Percure’ o ‘cumécio’”! Captaram o “nível”?

Curiosamente os “ditadores de 64” só cumpriram um mandato - cada um – e depois foram para suas respectivas casas. Na “democracia”, Fernando Henrique e Lula ficaram oito anos cada um, mas torcendo para arrumar um jeito de se perpetuar na cadeira mais poderosa do país. Aliás, Lula morre de inveja dos seus amigos ditadores da esquerda latino-americana.

Precisamos discutir com sabedoria o que é “trabalho Infantil” e o que é “Exploração do Trabalho Infantil”. A geração viciada está aí com todo o gás: sem responsabilidades, sem respeito ao alheio e às instituições (na semana passada uma promotora soube bem o que é isso!), roubando, matando e fumando pedras beges de crak.

Recentemente foi nos dado uma estatística de que 38% de nossas crianças estão envolvidas com a criminalidade. Enquanto ONG’s e instituições governamentais seguirem com sua política de protecionismo a delinqüentes juvenis, vejo um futuro sombrio pairando sobre a nação.

De uma coisa estou certo, na atual administração política do país – onde membros (esquerda nos “Anos de Chumbo”) do alto escalão do atual governo são condenados (pelo Supremo Tribunal, como ladrões do dinheiro do contribuinte) o partido, em atitude fascista rejeita a condenação e os aplaudem de pé, como heróis. E as crianças do atual sistema nem sequer sabem o significado do simples do nome do estabelecimento onde são “educados”.

Uma frase para se pensar: “A educação é à base da lei e da ordem”.

(fcb/cp)

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