sábado, 13 de outubro de 2012

E QUE FIQUE BEM CLARO!

Carlos, conhecido carinhosamente como “Carlinhos do correio” era um jovem funcionário dos Correios e Telégrafos – hoje aposentado. Função: mensageiro. Ou seja: entregava telegramas.

Dos anos de 1970 a 2000 foi uma figura conhecida em Natal: homossexual educadíssimo, uniforme extremamente justo delineando suas formas físicas, cabelos repartido, rigosomente ao meio, andar miudinho – como se medisse o lugar onde pisar – e delicado, um sorrido tímido, rigoroso em seu horário e muita eficiência no trabalho. Aliás, era normal seu chefe receber, dos usuários, felicitações e congratulações pelo excelente trabalho prestado pelo rapaz. Para se ter uma idéia, ele foi Funcionário Padrão por oito anos seguidos. De tanto ganhar o classificaram como or concours para dá chance a outros.

Desde 1980 que tenho minha Caixa Postal na Ag. Central da Ribeira. Então, era rotina cruzar com aquele “menino alegre”. E, claro, também não perdia a oportunidade para “bulir” com ele, que saia todo cheio de vida, explodindo de vaidade, pelas minhas “cantadas”.


Um dia Carlinhos foi entregar um telegrama no Bairro das Rocas. Bateu palmas no endereço e um enorme cão veio lhe atender com os latidos mais ameaçadores impossível. Alguém, do interior da casa, gritou:


- Pode entrar que o cachorro é “capado”!


Carlinhos, sem perder o bom humor, dando um jeitinho nos cabelos da testa, rebateu:


- Felizmente, meu caro, vim aqui entregar uma carta não foi dá meu rabo, não! - fcésar

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